sábado, 23 de outubro de 2010

O que é afinal MPB?

Já que causei um certo desconforto ao publicar o último post, resolvi esclarecer um pouco mais sobre o verdadeiro significado da chamada Música Popular Brasileira - MPB.
Na verdade ela nasceu, na década de 60, do desejo de um grupo de artistas, músicos e intelectuais que resistiam a qualquer tipo de influência estrangeira na cultura brasileira de modo geral. Havia nesses artistas um sentimento nacionalista que rejeitava as fórmulas musicais estrangeiras, principalmentes trazidas dos Estados Unidos e que passaram a ser adotadas por alguns artistas brasileiros, como foi o caso da Jovem Guarda. Por isso existia uma certa rivalidade entre os cantores que faziam parte Jovem Guarda e os "emepebistas", pois estes, faziam músicas que retratavam a realidade brasileira e que tinham grande conotação política.

Como não sou nehuma especialista no assunto, resolvi pegar emprestado um texto muito elucidativo escrito por Santuza Cambraia Naves, professora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio ( PUC-Rio), que publicou entre outros livros: Da bossa nova à tropicália (Coleção Descobrindo o Brasil, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2001) e A MPB em discussão - entrevistas (org. com Frederico Oliveira Coelho e Tatiana Bacal; Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006).

Para ler o texto acesse o link: http://revistacult.uol.com.br/website/news.asp?edtCode=5CE31EF8-D245-4ACF-8449-9F6C2C3ECC1F&nwsCode=D7B88A75-64A1-4197-A15C-3B5484BD7E17

sábado, 16 de outubro de 2010

Quem é Geraldo Vandré?


Constantemente sou surpreendida com essa pergunta, o que me deixa um tanto quanto decepcionada e ao mesmo tempo indignada. É triste constatar que a maioria dos jovens brasileiros não conhece Geraldo Vandré, que dirá a sua obra. Sinceramente quando me deparo com essa pergunta, não tenho nem vontade de responder tamanha é a minha irritação. Lembro-me que quando iniciei o meu TCC via-me sempre tendo que "apresentar" o Vandré para as pessoas, como se ele fosse um anônimo, cuja existência não tinha a menor importãncia. E pensar que há 40 anos a juventude o idolatrava e suas canções eram cantadas por multidões que o admiravam e viam-no como referencial no cenário musical brasileiro. Quando se falava em MPB logo eram citados nomes como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Elis Regina, Edu Lobo, Sergio Ricardo, Tom Jobim, dentre outros. Muitos destes, passada a época dos festivais, cairam no ostracismo, com raríssmas excessões. Vez por outra são lembrados, e logo novamente esquecidos. É lastimável admitir que atualmente quando se fala em MPB essa lista raramente é citada, dando lugar a nomes como Ivete Sangalo, Claudia Leite, e pasmem: Leonardo, Zéze di Camargo e Luciano, e afins. Nada contra esses artistas, contudo, eles nada tem a ver com MPB.
Esses dias ouvi alguém dizer: "Vocês pensam que MPB é só Marisa Monte, Maria Bethânia? toda música brasileira é MPB!" achei melhor me fingir de morta para não entrar no mérido da questão. Fiquei imaginando a lista dos novos representantes da nossa querida MPB: Tati Quebra Barraco, Latino, Kelly Key, Luan Santana, ai meu Deus, é melhor parar por aqui. Como diria Assis Angelo: É de lascar!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apresentação

Em 2007 concluí o curso de Jornalismo e, como trabalho de conclusão de curso escrevi um livro reportagem sobre o cantor e compositor Geraldo Vandré, cujo título dá nome a este blog.
Escrever sobre esse personagem mítico foi uma experiência extremamente prazerosa e me proporcionou uma satisfação imensa. Foi um período muito rico e de enorme aprendizado para mim. O Vandré é simplesmente apaixonante, não só pelo o que representa, mas pelo o que é, na sua essência. É engraçado, embora tenha tido pouco contato com ele, um único pessoal, e três ou quatro por telefone, a impressão que eu tenho é que o conheço de longa data e acreditem, tenho um enorme carinho e respeito por ele.
Quando decidi que ele seria o tema do meu TCC, muitos me desestimularam, porque não acreditavam que eu conseguiria contatá-lo e muito menos entrevistá-lo. Mas, não adiantava, quanto mais as pessoas falavam do quanto era difícil falar com ele, mais eu tinha certeza que estava no caminho certo. Estava determinada a escrever sobre Geraldo Vandré, e nada do que dissessem iria me fazer demover do meu objetivo. Pra mim já havia se tornado uma questão de honra.
Durante um ano inteiro, dormia e acordava pensando em Geraldo Vandré, tudo remetia-me a ele. Talvez por isso essa sensação de conhecê-lo de longa data. Após muita pesquisa, uma maratona de entrevistas e muita leitura, comecei efetivamente a escrever o livro, que ficou pronto em pouco mais de três meses. Pouquíssimo tempo para escrever sobre uma personalidade tão complexa e instigante como o Vandré, mas, infelizmente, assim é a vida universitária, não há muito o que fazer, a faculdade estipula o prazo, e o aluno “se vira nos trinta” para conseguir cumprir. Devido ao curto prazo não foi possível realizar muitas entrevistas, entretanto, as realizadas foram fundamentais para a construção do livro. Dentre os entrevistados estão Jair Rodrigues, Alberto Helena Jr., Bhering do Trio Marayá, Clélia Cardim (Telé),Selma de Fatima Lima (ex-colega de trabalho), Audálio Dantas, Borges (Ex-empresário de Geraldo Vandré), Assis Ângelo, Sergio Ricardo e Chico de Assis.
Depois de muitos percalços o livro ficou pronto e vocês não imaginam o quanto isso representou e representa para mim! Senti como se estivesse pegando um filho no colo. Exagero? Pode até ser, mas, foi assim que eu me senti, pegando meu filho no colo, depois de uma “gestação complicada”.
Graças a Deus, o resultado foi satisfatório, pelo menos no que diz respeito a minha vida acadêmica. Distribuí alguns exemplares para amigos e para todos que entrevistei. Alguns, infelizmente, não tive a oportunidade de ouvir a opinião, outros, porém, que tive essa oportunidade, se mostraram satisfeitos, o que muito me alegrou.

O intuito da criação deste blog é justamente esse. Criar um espaço onde todos que tiveram a oportunidade de lê o livro possa manifestar sua opinião, fazer críticas e tecer comentários.

Aproveitarei também o espaço para divulgar a obra deste poeta e cantador que encantou uma geração, com sua arte revolucionária.